segunda-feira, janeiro 08, 2007

A sombra de uma luz fugidia
na memória – a tua face
Cor revelada numa
forma nocturna – o teu corpo
Epígrafe tatuada numa
derme sensível– o teu nome
Vapor etílico de noites
estratégicas – o teu cheiro

Reconstruo o castelo que te define
numa alvenaria de pedra disforme e
recupero a muralha caída que
o nosso tempo abandonou.
É assim o teu novo Ser:
uma calma póstuma,
uma fortaleza melindrosa que
apenas permanece
numa ideia nostálgica.


Miguel Godinho

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