A rarefacção do ar
neste ambiente infectado
obriga-me a
respirar o ar que me consome, a
consumir o ar que me respira, a
definhar para respirar o ar que
consumo quando tento
respirar. É assim que
fico sem fôlego quando
respiro este ar de contágio
quando sorvo esse ar para o respirar
quando respiro de um só
fôlego esse ar que me consome.
É assim que sobrevivo,
é assim que vou existindo
neste ambiente pervertido e
é assim que me corrompo também.
Miguel Godinho
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