Ainda que imaginemos mundos (19)
Sou eu a razão da minha insónia,
da indefinição de uma verdade inquinada,
que cresceu, cresceu, cresceu,
numa elevação insuspeita.
Como anseio por algo que devolva
aquela errática adolescência
e a cessação da perversão
que alimenta o ardor.
Vem de há muito este tédio
e talvez mereça a inquietude,
este terror que me sugou a memória,
mas já basta, que a tempestade é evidente.
Bem sei que a solução
em mim se encontra, mas reformei-me,
talvez para sempre, e esqueci-me
de algumas caras antigas:
o meu sonho de agora
é só sentir-me eu, outra vez
Sem comentários:
Enviar um comentário