segunda-feira, maio 27, 2013

espreita-se os jornais e não é difícil perceber que não é só a questão da crise e a perversidade que dali advém - da crise e dos jornais, o horizonte tentacular dos seus efeitos, a extrema direita de novo assanhada e, à semelhança de outros tempos, a conquistar adeptos insuspeitos para as suas trincheiras, a alemanha agora com um programa de crédito para as nossas empresas, a alemanha, sim, a alemanha, e com a possibilidade de participar no seu capital, ou seja, de poder vir a mandar nelas, mas como é que se pode alinhar neste esquema?; é a crescente xenofobia, a violência gratuita, os radicalismos idiotas, a merda toda a vir ao de cima outra vez, não aprendemos nada nestes últimos cem anos, será que alguma vez aprendemos alguma coisa? até na poesia se sentem os sinais da merda que abrilhanta os nossos tempos: mas porque é que o novo livro do herberto hélder tem de ser tão caro, essa celebridade tenebrosa da poesia, mais parece um aproveitamento comercial da qualidade literária de um artista maior, os leitores a pagarem uma gula editorial, qual agarrados que dão o cu e as calças pela próxima dose de libertação.
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MG 2013

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