quarta-feira, abril 28, 2010

Ainda que imaginemos mundos (30)

Quis um dia seguir em silêncio
na vida, logo que me apercebi que te perdera

e assim esculpi
um percurso de sombras: a demência
que se assolou

Morreste-me sem aviso,
sem que te pudesse libertar

e que raio de claridade agora,
a serena vida dos outros

Que bom seria se para sempre
tudo se desenrolasse numa ilusão,
que pudesse existir eternidade
na paz dos novos dias
longe do vazio da minha pessoa

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