Os nossos dias (12)
[Nada mais para além da ausência]
Nada mais para além da ausência
vazio solene de histórias em branco
num silêncio outorgante da verdade
uma voz, uma só voz de mistério
na penumbra do imenso chão de pedra
a percorrer a apatia de uma vontade cansada
às vezes penso que me escapei de mim
fiquei preso às cordas de um passado ofegante
num grito de sangue a manchar a memória
rasgo sempre a luz e a sombra retorna
acabo sempre por cair no nada e em mim
nada mais para além da ausência
Miguel Godinho
1 comentário:
Cheguei até aqui através da Escrita Ibérica do Fernando Esteves.
Parabéns pelos belos poemas.
João Norte
intro.vertido.weblog.com
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