Eis que finalmente
Há um momento em que percebemos que somos
a síntese de tudo o que nos aconteceu. Um momento
onde reconhecemos que o presente
não poderia ser de outra forma.
E então percebemos
o filme das nossas vidas
ainda que os sucessivos momentos
que se instalaram na nossa história se tivessem sucedido
sem que lhes prestássemos a devida atenção.
É como nos filmes que nos mostram retalhos
de uma qualquer realidade onde
sucessivos acontecimentos se acumulam
nem sempre de forma ordenada
até que o puzzle de repente se constitui,
até que a luz desliza dos céus,
até que nos conseguimos olhar nos olhos
e dizer
este sou eu, esta é a minha vida, aqui me encontro,
eis que finalmente
Miguel Godinho
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