sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Dos nossos espinhos nasce

Ouço o silêncio das nossas vozes e
declaro o som da tua
da nossa
ausência. Que clara a luz
distante da escura névoa que nos esclarece
que branda flor aquela
que nasce dos nossos espinhos
a chuva já cai num breve punhado de lágrimas
e o espectro de luz assoma-se
como que numa memória
de um tempo que é sempre igual
de uma história já contada

espero aqui por ti
enquanto a censura acontece
enquanto este segundo durar

Miguel Godinho

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