terça-feira, agosto 03, 2010

A ilha da praia (4)

A verdade enfim desabrigada
nas mãos sombrias que produzem o despacho
como quem dispara um fuzil.
Mas não importa que as trincheiras são as dunas,
a vida renasce sempre indiferente à tormenta
e as pescas agora dão à costa em fardos
em noites de luar oriental

É esta a ilha das tribos celestes
como se desde sempre aqui tivessem vivido.
Aqui a realidade é sem dúvida dinâmica:
ainda que se mudem as redes de sítio de vez
só porque se diz que aqui já não há peixe
as amêijoas nunca morrerão sozinhas ao relento

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