Na ordem do dia (2)
A propósito do livro de Ian Buruma "A Morte de Theo Van Gogh e os Limites da Tolerância", publicado pela Editorial Presença em 2007, Manuela Franco coloca algumas questões extremamente interessantes, na sua análise crítica "Dissensão em Amesterdão. Europeizar o Islão ou Islamizar a Europa?", publicada na revista Relações Internacionais n.º 18. Para pensar.
O pluralismo e a tolerância são os pilares da sociedade moderna e esse facto tem de ser aceite. Pluralismo não significa apenas diversidade. Significa também que é possível permanecer diferente e partilhar os mesmos valores e as mesmas regras. O Islão não partilha desta ideia. De resto a alegada tradição de tolerância do Islão apenas significa que Judeus e Cristãos podem viver sob a protecção muçulmana mas nunca como cidadãos de direitos iguais, coisa que às luzes europeias se chama discriminação.
(...)
E aqui ficam as perguntas a que Buruma não soube ou não quis responder: De onde vem a equanimidade da parte de tantos políticos, jornalistas e intelectuais perante o aumento exponencial das ameaças de morte e violência por parte de fundamentalistas islâmicos? A equanimidade para entrar em diálogo e aceitar conversa de quem defende o apedrejamento de mulheres até à morte? A incapacidade de reconhecer que os direitos das mulheres são um dos aspectos fundamentais nos debates sobre o islamismo? A incapacidade de nomear e reconhecer os problemas das mulheres muçulmanas na Europa? A incapacidade de reconhecer a dimensão e papel anti-democrático do “novo” antisemitismo?
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