Ainda que imaginemos mundos (31)
Poderão tentar imprimir-nos uma verdade
ao silêncio que nos orienta o olhar,
uma chama que nos presida às obsessões
mas o rigor nunca será exacto
todas as nossas paixões:
haverá sempre uma imprecisão
nunca nos poderão descortinar
um segredo profundo e antigo
um caminho percorrido
ainda que nos queiram translúcidos
e que nos exijam como a água de um manancial intacto:
o nosso trajecto, a nossa pessoa
nesta pungente sequência de dias
guarda-se sempre um ledo balão de oxigénio
uma coisa só nossa para respirarmos
por entre a excessiva poluição
Sem comentários:
Enviar um comentário