As ruínas
Olho a nora em ruína e
penso nos milhares de milhas circulares
percorridas pelas mulas que
qual tractores pretéritos
acumulavam rodagens
sem carências lubrificantes
Olho a nora em ruína e penso
na ferrujem das engrenagens, no suor
das mãos antigas que tantas vezes inventaram
soluções para elevar as águas profundas
Olho a nora em ruína e vejo claramente
as ruínas da memória
Miguel Godinho
1 comentário:
As memórias arruinadas?
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