Se tudo aquilo existiu então ainda existe (2)
se ainda não tinhas determinado o teu amor
bastava teres-me olhado de frentee terias visto que falava rigor
ter-te-ias reconhecido nos meus olhos
e sentido
a brisa oblíqua de um amor eterno
que pungia o ar
o teu nome no meu
a densidade do olhar
porque na verdade
eu fui tu
e agora
no arrulhar da memória
ainda me demoro em ti
no teu corpo débil
o rio do tempo
o corrupio das horas
a distância que nos separa
de nada importa
porque se tudo aquilo existiu
então ainda existe
então ainda existe
MG 2011
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