Poema manchado de ti
bandido na noite celeste
arlequim
monarca deste tempo só meu
amante idealista
(um poeta do asfalto)
trovador de instantes
num perverso desejo de viver
caneta papel e um grito de mim
e porque de um corpo nu
pouco mais há a dizer,
a tua inocência
na fresca humidade toldada:
o teu nome
no silêncio do quarto
a resvalar das sombras.
o poema acontece
outra vez
manchado de ti
MG 2011
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