a vida num segundo
o que gostávamos mesmo
era de beber vinho barato
que nem putos rebeldes
como se não houvesse amanhã;
de dançar na chuva
como se descobríssemos
a loucura a cada instante.
Naqueles dias insuspeitos
vibrávamos com o futuro
e foda-se, como queríamos
compreender a vida,
como éramos amigos das mesmas coisas
meu amor, minha loucura, meu amigo de sempre
como se nos revelava o mundo
sempre que reconhecíamos um poema
na incoerência desta selva;
e tudo durava um segundo, tudo cedo acabava
sem nunca verdadeiramente terminar
MG 2011
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