No doce contemplar do vazio
se inscreve a memória
a tua cara impressa sem perdão
no olhar indiscreto daquela dúvida remota
que vontade de queimar o olhar
e arder na indecisão
para quê admirar o que passou
sem que da mesma forma
eu possa vir a revisitar
o sabor
Miguel Godinho
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