Ao fundo e na sombra
Confiava que para voar
não teria de desatar as asas para ti
e que ao imaginar-me
a caminhar no azul do céu
isso jamais poderia ser como uma lâmina
na pele a deslizar-te na alma
ao fundo e na sombra
em busca do sangue
aquieta por favor
esta dor profunda
de vez
na distância solene da memória
é assim que te fito ao longe
e me olvido de mim
na extensão desta noite
enquanto me arruíno outra vez
no branco do pó
Miguel Godinho
quinta-feira, abril 30, 2009
terça-feira, abril 28, 2009
Os mesmos dias (2)
Quase nunca o mundo é um mundo melhor joaquim
quase sempre nos deparamos com a arrogância
gente grande aos olhos deles próprios
dancemos loucos na procura de um Deus maior
na procura de uma verdade evidente
dessas que custam pouco a imaginar
o mundo é a ignorância do amanhã
é a vontade de nos escondermos joaquim
nada mais para além disso
Miguel Godinho
Quase nunca o mundo é um mundo melhor joaquim
quase sempre nos deparamos com a arrogância
gente grande aos olhos deles próprios
dancemos loucos na procura de um Deus maior
na procura de uma verdade evidente
dessas que custam pouco a imaginar
o mundo é a ignorância do amanhã
é a vontade de nos escondermos joaquim
nada mais para além disso
Miguel Godinho
domingo, abril 26, 2009
Os mesmos dias (1)
A canalha com que me dou
pouco liga à integridade que sempre nos corrói
anda sempre tudo tão azul sempre a sorrir
sempre de calcinha de pinça e camisa aos quadradinhos
sempre de segunda a sexta-feira
uma cagada de um pássaro valente seria mais interessante
a escorrer-nos pelo focinho
enquanto nos desligamos da memória
a olhar o correio da manhã
e a dizer isto a crise está para durar
a vida é mesmo assim joaquim
um dia nasce-se outro dia morre-se
é preciso é coragem para atravessar o breve momento
que nos separa da intemporalidade
Miguel Godinho
A canalha com que me dou
pouco liga à integridade que sempre nos corrói
anda sempre tudo tão azul sempre a sorrir
sempre de calcinha de pinça e camisa aos quadradinhos
sempre de segunda a sexta-feira
uma cagada de um pássaro valente seria mais interessante
a escorrer-nos pelo focinho
enquanto nos desligamos da memória
a olhar o correio da manhã
e a dizer isto a crise está para durar
a vida é mesmo assim joaquim
um dia nasce-se outro dia morre-se
é preciso é coragem para atravessar o breve momento
que nos separa da intemporalidade
Miguel Godinho
sábado, abril 18, 2009
quinta-feira, abril 16, 2009
quinta-feira, abril 09, 2009
terça-feira, abril 07, 2009
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