[Na ordem do dia]
(Segundo parece)
O problema são os ratings
e o contexto internacional
a Grécia que já se enterrou
com a economia numa espiral
(e, no entanto, talvez)
o problema sejam os excessos
os consórcios e as concessões
as seringadas de capital
e os contratos de milhões
(digo eu)
quinta-feira, abril 29, 2010
quarta-feira, abril 28, 2010
Ainda que imaginemos mundos (30)
Quis um dia seguir em silêncio
na vida, logo que me apercebi que te perdera
e assim esculpi
um percurso de sombras: a demência
que se assolou
Morreste-me sem aviso,
sem que te pudesse libertar
e que raio de claridade agora,
a serena vida dos outros
Que bom seria se para sempre
tudo se desenrolasse numa ilusão,
que pudesse existir eternidade
na paz dos novos dias
longe do vazio da minha pessoa
Quis um dia seguir em silêncio
na vida, logo que me apercebi que te perdera
e assim esculpi
um percurso de sombras: a demência
que se assolou
Morreste-me sem aviso,
sem que te pudesse libertar
e que raio de claridade agora,
a serena vida dos outros
Que bom seria se para sempre
tudo se desenrolasse numa ilusão,
que pudesse existir eternidade
na paz dos novos dias
longe do vazio da minha pessoa
domingo, abril 25, 2010
domingo, abril 18, 2010
Ainda que imaginemos mundos (28)
uma breve brisa de devastação
ainda me desenraíza do conforto
desta vida que escolhi
com a facilidade que se vê:
ainda recupero
os teus olhos vermelhos, assim,
perversos numa sombra sem fim,
numa alucinação interminável,
no desejo de lascívia, na inquietação
de um fantasma intemporal,
na irrealidade de nós dois, sepultados
para sempre na carne.
mas deixa-te estar,
por favor deixa-te estar que a minha loucura
de agora é este desejo,
a obsessão, nós sempre na guerra de sempre,
o sangue.
e a violência não está só nessa memória,
está nos dezoito, nos dezanove, nos vinte e cinco - não,
afinal não importa para nada a idade.
o começo da decadência
foi aperceber-me que te perdi
- é por isso que há sempre uma brisa de ruína
na deliciosa vertigem da memória:
a destruição torna-se sempre mais evidente
quando me apercebo de mim
e da impossibilidade do teu regresso
uma breve brisa de devastação
ainda me desenraíza do conforto
desta vida que escolhi
com a facilidade que se vê:
ainda recupero
os teus olhos vermelhos, assim,
perversos numa sombra sem fim,
numa alucinação interminável,
no desejo de lascívia, na inquietação
de um fantasma intemporal,
na irrealidade de nós dois, sepultados
para sempre na carne.
mas deixa-te estar,
por favor deixa-te estar que a minha loucura
de agora é este desejo,
a obsessão, nós sempre na guerra de sempre,
o sangue.
e a violência não está só nessa memória,
está nos dezoito, nos dezanove, nos vinte e cinco - não,
afinal não importa para nada a idade.
o começo da decadência
foi aperceber-me que te perdi
- é por isso que há sempre uma brisa de ruína
na deliciosa vertigem da memória:
a destruição torna-se sempre mais evidente
quando me apercebo de mim
e da impossibilidade do teu regresso
Subscrever:
Mensagens (Atom)